quarta-feira, 29 de março de 2017

Santificação (Não É: Erradicação da natureza pecaminosa)


Santificação Não É: Erradicação da natureza pecaminosa; perfeição impecável; impecabilidade.

A Bíblia chama Noé (ler depois: Gên 6:9); Jó (ler depois: Jó 1:1); Ló (ler depois: 2Pe 2:7); Davi (ler depois: 1Re 3:6; 9:4; 14:6; 15:3; Ato 13:22); e outras pessoas de "justo", "'integro", "temente a Deus", "perfeito", ou "sem culpa", mas isto não significa que chegaram a ser "absolutamente sem pecado e incapazes de pecar", pois Noé se embriagou vergonhosamente (ler depois: Gên 9:20-27); Jó confessou pecado (Jó 42:6); Ló andou pela vista, quis viver entre homossexuais, embriagou-se e caiu em incesto com as filhas; Davi adulterou, depois providenciou a morte do marido; etc. Contudo não quero que tenho uma interpretação errônea do que foi escrito aqui. Não significa por esses fatos que o homem de Deus peca com naturalidade. (Leia 1 João 1:7-9 / 2:1-2 / 3:6-8)

Deus ordenou perfeição a Abrão (Gên 17:1), aos discípulos (Mat 5:48), etc. Mas se isto significa absolutas perfeição, impecabilidade e semelhança a Deus, então tanto a Bíblia, como nossas próprias experiências [conosco mesmo], como nossas observações de todos os crentes que pudemos observar (bem de perto e longamente) mostram que nenhum crente jamais alcançou cumprir esses preceitos plenamente. Aqueles que se vangloriam da erradicação da sua natureza pecaminosa pretendem e fingem ter alcançado aquilo que Deus [através de Paulo, Tiago e João] ensinou não ser alcançável na presente vida Flp 3:12-14; cf. Tiago 3:2; 1João 1:8-9; ler depois: 1João 2:1.
o contexto de Mateus 5:48 indica que Cristo exorta seus seguidores a serem como o Pai, em mostrar amor tanto aos bons quanto aos maus.
Alguns usam 1João 3:8-9 em suporte da perfeição, da impecabilidade. Mas se estes 2 versos ensinassem isto, contradiriam o que Deus diz na mesma carta 1João 2:1-2. E em 1João 1:7 e em 1João 1:8. O contexto do livro de 1 João refuta toda doutrina da impecabilidade do cristão.

O texto de 1João 3:8-9 pode ser traduzido como presentes contínuos: "Quem comete [costumeiramente] o pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do Diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete [costumeiramente] pecado; porque a sua semente permanece nele, e não pode pecar [costumeiramente], porque é nascido de Deus."

Os mesmos argumentos acima valem contra o ensino da impecabilidade que diz que Rom 6:1-10 ou Gál 2:20) ensina que "já morremos para o pecado no sentido de que já podemos jamais pecar" (alguns loucamente diriam que jamais pecamos, mesmo que pareça que pecamos). Ademais, estes versos se referem a uma experiência factual, objetiva, judicial, posicional, definitiva, infalível, na qual o crente é identificado com Cristo: o instante da salvação.

Antinomianismo

Vista a grosseira heresia dos que pregam que a perfeita impecabilidade é alcançável nesta vida e deve ser a vida cristã normal. A heresia da perfeição impecável finge ter eliminado o pecado da vida do crente, a heresia do antinomianismo delicia-se nele e o cultiva. Ambas heresias claramente contrariam Deus na Sua Palavra: ela ensina que, embora o crente não possa alcançar a impecabilidade nesta vida, deve odiar o pecado; e que, através de cultivada, progressiva santificação, deve anelar e esforçar-se para (e pode conseguir) pecar cada vez menos, nisto sendo feliz e agradando a Deus. Tanto quanto a doutrina da perfeição impecável, antinomianismo é tremendamente anti-bíblico e diabólica.
Deus, muito diferentemente de fechar os olhos e tolerar pecados na vida do crente, definitivamente os proíbe e exige que vivamos uma vida de vencê-los usualmente e cada vez mais. A pergunta "Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?" (Rom 6:1) é respondida da forma mais enfática possível: "De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rom 6:2). Nada mais claro em toda a Bíblia! Lembremos que aqueles que vivem em pecado não herdarão o reino de Deus (1Corintios 6:10). Se sua vida está sendo uma vida caracteristicamente em pecado, então examine-se a si mesmo, pois deve rever seus conceitos de cristão [1Co 5:5]; e se é realmente salvo [1Co 6:10].

Em que Consiste a Santificação

Admitindo que a santificação é uma obra sobrenatural de Deus, permanece a questão: Em que ela consiste? Que natureza tem o efeito produzido? A verdade que sublinha todas as descrições bíblicas deste fato é que a regeneração, a vivificação a qual os crentes estão sujeitos, embora envolva a implantação ou comunicação de um novo principio ou forma de vida, não concretiza a imediata e total libertação da alma de todo o pecado. A alma, por natureza morta em pecado, pode ser ressuscitada juntamente com Cristo, e nem por isso ser perfeita. A alma regenerada convive constantemente com sua velha natureza morta, e o conflito entre a antiga e a nova vida pode ser prolongado e penoso. E este não só pode ser, mas de fato é o caso em toda a experiência do povo de Deus.

Aqui encontramos uma das diferenças características e transcendentais entre os sistemas de doutrina e religião católica e protestante. Segundo o sistema católico, da natureza do pecado nada fica na alma depois da regeneração operada pelo batismo. A luz desse fato, a teologia da Igreja de Roma deduz sua doutrina do mérito das boas obras, da perfeição das obras e, indiretamente, da absolvição e das indulgências. Porém, segundo as Escrituras, a experiên¬cia universal dos cristãos e a inegável evidencia da história, a regeneração não elimina todo o pecado. A Bíblia esta saturada de registro dos conflitos internos dos mais eminentes dos servos de Deus, com suas quedas, seus retrocessos, seus arrependimentos e suas lamentações por seus contínuos fracassos. E não só isso, mas que a natureza do conflito entre o bem e o mal no coração dos renovados é descrita de maneira plena, distinguem-se e designam os princípios em luta e se expõem reiterada e detalhadamente a necessidade, as dificuldades e os perigos da luta, assim como o método para
vence-la de maneira apropriada. 
“Digo porem: andai no Espírito e jamais satisfareis a concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja de vosso querer.” (Gálatas 5.16, 17)
Igualmente, em Efésios 6:10-18, diante do conflito que o crente tem de sustentar com os males de seu próprio coração e com os poderes das trevas, o apóstolo exorta seus irmãos a serem fortes no Senhor e na forca de seu poder.

Despojando-se do Velho homem e Revestindo-se do Novo

Sendo este o fundamento das descrições bíblicas acerca da santificação, sua natureza fica assim determinada. Já que todos os homens estão, desde a queda, em estado de pecado, não só pecadores em virtude de serem culpados de atos específicos de transgressão, mas tam¬bém como depravados, sua natureza pervertida e corrompida, a regeneração é a infusão de um novo principio de vida nessa natureza corrompida. E o fermento introduzido para difundir sua influencia gradualmente através de toda a massa. Portanto, a santificação consiste em duas coisas: primeira, a eliminação progressiva dos princípios do mal que ainda infectam nossa natureza, e a destruição de seu poder; e, segunda, o crescimento do principio de vida espiritual até controlar os pensamentos, sentimentos e atos, e conformar a alma segundo a imagem de Cristo.

Santificação (triplo significado)


Triplo significado 
Sobre a Santificação, Scofield apresenta um triplo significado ao tema: posicional, experimental e consumação. Ele considera que posicionalmente o crente é santo, mas que, experimentalmente, está sendo santificado progressivamente.

A santificação, podemos subdividila em três fases: inicial, progressiva e final. A santificação tem um processo - um ato que é instantâneo e inicial, mas que ao mesmo tempo traz em si a idéia de desenvolvimento até a consumação. De acordo com 2 Coríntios 3:18 estamos sendo transformados de um grau de caráter ou de glória em glória. É porque a santificação é progressiva que somos exortados a continuar progredindo cada vez mais (Apoc. 22:11). Existe realmente o aperfeiçoamento da santidade. O dom de Deus à igreja, de pastores e mestres, tem o propósito de aperfeiçoar os santos na semelhança de Cristo até que, finalmente, atinjam o padrão divino (Efésios 4:11-15).


É comumente aceito que a Santificação é obra continua do Espírito Santo. Esta obra “continua” visa conformar o crente à imagem de Cristo. Tal idéia é proveniente da palavra traduzida por santificação, que deixou o seu significado original ao longo do tempo em segundo plano, e passou a ter inclusa a idéia de moralidade e religiosidade.

Este novo significado que se deu à palavra '”santificação” se deve também à idéia de purificação, e com base em alguns textos bíblicos, podemos afirmar que na santificação ocorre uma transformação moral; com esta idéia afirma-se que a moral e o caráter são elementos que devem ser transformados através de uma busca pela santificação.

Em resumo, as várias teorias existentes sustentam que a Santificação é posicional, progressiva e efetiva no futuro. A santificação posicional é a regeneração em que todos os crentes são separados e purificados por Deus. Isso ocorre imediatamente no momento em que o homem se converte a Cristo.
Apesar de o crente ter sido Santificado por Deus, o Espírito Santo, por sua vez, continua trabalhando na vida deste crente regenerado com o fito de desenvolver um novo caráter e uma nova personalidade: é o que denomina-se de santificação progressiva.

A Santificação efetiva, definitiva ou plena, deve ser aguardada quando da volta de Cristo, quando se dará a plena liberdade do pecado.

Dentre os elementos necessários à Santificação: o Espírito Santo, a união com Cristo, a palavra de Deus, o esforço do cristão, a oração, a disciplina, a obediência, consagração, etc. Para que a Santificação seja aperfeiçoada. O cristão precisa da ação “abundante” do Espírito, senão o crente fica a mercê das fraquezas “morais” e “espirituais”.
A santificação é a obra continua de Deus na vida do crente, tornando-o realmente santo. Por ‘santo’ entende-se como o cristão ‘portador de uma verdadeira semelhança com Deus’. A santificação é um processo pelo qual a condição moral e espiritual da pessoa é moldada de acordo com sua situação legal diante de Deus.
O Dr. Shedd ao falar de aspectos pertinentes a Santificação, apresenta quatro fatores fundamentais: "Em primeiro lugar, ele depende da união entre o remido e o Redentor (...) Segundo: a santidade deve caracterizar o padrão de vida (...) Produzir um hábito de santidade deve ser desafio prioritário do ministério (...) Terceiro: a santificação, sendo um processo, não deve ser encarada como um alvo que algum dia alcançaremos nesta vida terrestre (...) Em quarto lugar observamos a realidade escatológica. A segunda vinda de nosso Senhor promete completar o que a vinda de Jesus Cristo no primeiro século iniciou"


Não podemos levar-mos em conta a idéia de que a 'santificação' engloba apenas questões como 'moral' e 'religiosidade', para não acabar-mos em um grande erro.

Quando da queda do homem em Adão, Deus não levou em conta questões como moral e caráter. Nem mesmo existia a idéia de caráter, moral ou comportamento no Éden.

O homem, quando foi criado, era possuidor de uma natureza perfeita, sendo santo, irrepreensível, inculpável e participante da glória de Deus. Estas características pertinentes ao homem Adão, foram conferidas pela natureza concedida por Deus e não por questões morais, comportamentais ou de religiosidade. Adão e Eva quando desobedeceram a Deus, mudaram de um estado perfeito para uma natureza imperfeita e pecaminosa, sempre com tendência a pecar. A primeira obra que Jesus Cristo faz quando o homem se une a Ele, é a santificação inicial, imediata. A santificação progressiva não pode ir adiante da santificação inicial, ou por a santificação inicial de lado, ignorando-a. 

É possível que a Santificação ou a Santidade decorra daquilo que merece e exige reverência moral e religiosa? Muitos ofertam aos seus deuses reverência moral e religiosa, por entenderem que seja isto que tais divindades exigem e merecem, porém, a atitude deles não os santifica.

Da mesma forma os judeus entendiam que Deus exigia e merecia ser reverenciado por meio da religiosidade e moralidade decorrente da lei. Porém, o zelo não mudou a condição deles diante de Deus (Romanos 10.1-4).

Não adianta um caráter impecável, uma moral intocável, um comportamento exemplar, uma religiosidade rigorosa, etc., nenhum destes elementos faz o homem aceitável diante de Deus. Por quê? Porque a obra de Deus é perfeita. Não há como o homem retocar a obra de Deus.

A obra realizada na Regeneração faz com que os homens passem à condição de santos, irrepreensíveis, inculpáveis e participantes da glória de Deus. Ou seja, a obra realizada por Deus é perfeita. Perfeito em Cristo é a condição de santo, irrepreensível e inculpável (Col 1: 21-28).

"Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (II Coríntios 3: 18).


Santificação (Não é reabilitação moral)


A santificação é definida como sendo “a obra da graça de Deus”, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, e habilitados a morrer mais e mais para o pecado e a viver para Deus. 
Ao apresentar, em harmonia com as Escrituras, a santificação como uma obra sobrenatural de Deus, negamos a doutrina Racionalista que a confunde com a mera reabilitação moral. Não é raro que pessoas que levaram uma vida imoral mudem toda a sua forma de viver. Tornam-se externamente corretas em sua conduta, moderadas, puras, honradas e benevolentes. Esta é uma grande mudança, imensamente benéfica para aquele que a experimenta e para todos aqueles com quem se relaciona. Pode ser produzida por diferentes causas, pela força da consciência e por uma consideração da autoridade de Deus e um temor por sua reprovação, ou em consideração da boa opinião dos homens, ou pelo mero vigor de uma consideração iluminada por seus próprios interesses. Mas, seja qual for a causa diferem tanto em natureza como um coração limpo de um vestido limpo.

Esta reabilitação exterior pode deixar sem mudanças o caráter interior do homem aos olhos de Deus. Pode permanecer carente do amor de Deus, da fé em Cristo e de todo o exercício ou afeição santa. A reabilitação exterior pode ser confundida com o novo nascimento em Cristo, a nova criatura, mas não é santificação.

Tampouco se deve confundir a santificação com os efeitos da cultura ou disciplina moral. É bem possível, como o demonstra a experiência, através de cuidadosa instrução moral, mantendo-se longe de toda a influencia contaminadora e conservando-se sob as influencias formadoras de princípios retos e de boas companhias, preservar-se de muitos males do mundo e fazer-se semelhante a um cristão regenerado pelo evangelho de Jesus Cristo. Tal instrução não deve ser menosprezada. É ordenada na Palavra de Deus. Mas não pode mudar a natureza. Não pode comunicar vida. Uma estatua feita de mármore puro em toda a sua beleza esta bem abaixo de um homem vivo.

Na obra da regeneração a alma é passiva, ou seja, não pode cooperar na comunicação da vida espiritual. Mas a conversão, o arrependimento e a fé, são exercícios da alma. Não obstante, os efeitos produzidos na regeneração, novo nascimento e santificação, transcendem a eficiência de nossa natureza caída, e se devem a atividade do Espírito Santo, a santificação é obra sobrenatural de Deus, uma obra da graça.



A santificação muitas vezes tem seu sentido confundido com ser santo, relativo a sem pecado, coisa que nós não podemos ser (1 João 1:8-10). Somos livres do poder do pecado, mas o pecado ainda permanece presente, no entanto o pecado que antes nos dominava agora é dominado pelo poder de Deus que nos fez nova criatura. (Rom. 8:1-8).

Falsos fundamentos da verdade (convicção)

Convicção 
É mais comum do que se pensa errar com convicção. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Pv 14.12 ). Alguém pode pregar e ensinar o erro com mais entusiasmo do que aqueles que ensinam a verdade. Uma crença não é verdadeira somente porque seus seguidores se dispõem a morrer por ela. O martírio pode honrar a verdade, mas jamais pode tornar verdadeiro aquilo que é falso. Sem dúvida, Hitler estava totalmente convencido das idéias loucas do nazismo e as proclamou com tamanha convicção que conseguiu influenciar uma nação inteira. Esse fato, porém, não tornou (e não torna) a doutrina nazista veraz.

Principalmente quando no meio de uma massa, o ser humano tende a ser sugestionado pelos sentimentos e começa então a reagir como o grupo. Qualquer pessoa que proclame algo com insistência pode influenciar outras a aceitarem coisas que não são verdadeiras. Em Atos 17.10,11, aconteceu algo interessante. Os irmãos da cidade de Beréia, para onde Paulo e Silas foram enviados, receberam de bom grado a pregação desses dois homens de Deus, mas não deixaram de examinar nas Escrituras para ver se o que falavam era de fato verdadeiro: “Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, examinando a cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”. 

“À lei e ao testemunho” 
Não rejeitamos a popularidade, a tradição, o sucesso, a moralidade, a beleza, os benefícios, a erudição e a convicção resultantes da verdade. Mas não podemos considerar essas coisas um padrão para a nossa fé. Cremos na Palavra de Deus como única norma. A importância em excesso conferida a outras coisas tem afastado muitos do Caminho. E o pior: tem lhes causado um sentimento de segurança e satisfação que os impede de ver a verdade. 
Temos de conhecer os verdadeiros fundamentos da nossa fé e esperança, e sobre esses fundamentos construir os alicerces de nossa existência. 
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Is 8.20).

Falsos fundamentos da verdade (agradabilidade e erudição)


Agradabilidade 
Ninguém se tornará popular pregando a doutrina do inferno. Ela não agrada aos ouvidos. Os que rejeitam a idéia de um inferno de fogo, onde os ímpios passarão a eternidade, não a rejeitam por não ser bíblica, mas por sua dureza. Da mesma sorte, os que a pregam não o fazem com um senso de prazer, mas de fidelidade às Escrituras. A verdade nem sempre é totalmente doce. “Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel” (Ap 10.9).

As pessoas têm a tendência de “adocicar” a mensagem que pregam para não repelir os ouvintes, e fazem isso extraindo de seu conteúdo elementos que possam causar algum desconforto. É uma atitude perigosa, e pode comprometer tanto o que ensina quanto o que ouve. “Duro é este discurso. Quem poderá ouvi-lo?” (Jo 6.60). O rico foi embora porque Jesus não quis suprimir as exigências da salvação (Mc 10.21,22). Não que a verdade seja um monte de espinhos ou que tem por obrigação incomodar as pessoas. Mas apegar-se a um ensino somente porque ele traz conforto e nenhuma repreensão é correr grave risco. 
Deus é bom e justo. Abraçar sua bondade e rejeitar sua justiça tem sido a atitude de muitos. Um Deus que julga, condena e castiga o pecado tem-se tornado cada vez mais impopular. A LBV chega ao ponto de interceder por Lúcifer para que ele seja salvo e o universalismo prega a salvação de todos os homens. São colocações agradáveis em termos de religião, mas não são verdadeiras, portanto não salvam. 

Erudição 
As palavras erudição e verdade não são sinônimas. Porque alguém sabe muito, não significa que saiba a verdade. É muito fácil se impressionar com a cultura de uma pessoa e achar que pelo seu grande conhecimento ela deve estar certa em suas afirmações. Em se tratando das coisas de Deus, a cultura pode ser irrelevante. É claro que muitos dos escritores inspirados da Bíblia apresentavam cultura e erudição, mas não foram essas coisas que confirmaram a Palavra de Deus como padrão. Ao lermos as epístolas de Paulo, não é a erudição do autor humano que importa, mas a inspiração do Autor divino. “Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1C o 1.22). Sócrates, Platão e Aristóteles tiveram sua importância histórica, mas não foi por eles que a verdade de Deus se estabeleceu. Nesse aspecto, o iletrado Pedro foi instrumento de Deus para proclamar a verdade inspirada. 
Homens como Marx, Engels e Nietzsche foram filósofos de conhecimento e profundidade extraordinários. Mas seus ensinos se mostraram falsos e destrutivos ao longo da história. Até o pensamento científico, visto como árbitro de todas as afirmações, já defendeu enormes absurdos. Não rejeitamos a ciência, mas também não podemos tomá-la por infalível. Só Deus é infalível. Somente a sua Palavra determina o que é certo e o que é errado, o que é falso e o que é veraz: “Disto também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina...” (1Co 2.13).

Falsos fundamentos da verdade (moralidade)


Moralidade 
A verdade de Deus deve produzir justiça e gerar santidade. Ela não é apenas algo para armazenarmos mentalmente. Temos de “andar na verdade” (3Jo 3,4), e não simplesmente conhecê-la. Nosso procedimento comprova a nossa fé. 
Por outro lado, é perigoso colocar o comportamento como fundamento da verdade. As boas obras impressionam de tal forma que muitos pressupõem que se alguém prega e faz bem ao próximo então seu ensino deve definitivamente ser verdadeiro. Na verdade, as boas obras devem ser estimuladas e praticadas, mas elas não confirmam qualquer doutrina. O espiritismo, por um lado, exalta a caridade e, por isso, conquista o respeito da opinião pública. Por outro lado, no entanto, fomenta a consulta e incorporação dos chamados “espíritos de luz”, levando muitos ao pecado e à influência satânica. Suas boas obras, porém, não podem justificar seus erros. 
O apóstolo Paulo muitas vezes defrontou-se com homens que por um lado apresentavam aparência de justiça mas, por outro, sustentavam ensinos contrários ao evangelho. Certas ocasiões, os discípulos de Paulo ficavam perplexos, mas tinham de concordar com ele quando a situação exigia que alguns homens que aparentemente viviam uma vida justa precisavam ser condenados. Em uma dessas ocasiões a resposta do apóstolo aos seus discípulos foi: “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (2Co 11.14,15). 
Todos os que servem a Deus devem ser justos, mas nem todos aqueles que possuem aparência de justiça servem a Deus. O amor não é equivalente à verdade, embora os dois tenham de andar juntos.

Falsos fundamentos da verdade (Sucesso)

Sucesso 

Sucesso transformou-se na palavra do momento, capaz de justificar qualquer comportamento e validar qualquer conceito. As pessoas estão dispostas a aceitar qualquer ensino - mesmo o evangelho, se este as levar ao sucesso imediato. Se uma pessoa teve sucesso na vida, então tudo o que ela diz deve ser verdade; mas se alguém não é bem-sucedido, segundo os padrões seculares atuais, então o que ele ensina deve ser descartado em favor de outro ensino melhor. Uma mensagem de “deixa tudo e segue-me” ou “negue-se a si mesmo” soa muito fracassada. Os mártires já não são bem-vistos, e ninguém mais ouve os seus ensinos. Mas qualquer líder religioso hoje que demonstre e prometa prosperidade, felicidade e sucesso é considerado verdadeiro. 
Sabemos que a verdade pode tornar alguém bem-sucedido. Mas isto não significa que alguém bem-sucedido pode tornar qualquer coisa verdadeira. Pessoas de sucesso podem estar avançando por caminhos que não pertencem a Deus. Nem toda a fama de Paulo Coelho pode dar validade ao conteúdo de seus livros. Eles não passam de ficção repleta de idéias pagãs que “matam” ao invés de dar vida. 
“Pois tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo! Nós fracos, mas vós sois fortes! Vós sois ilustres, nós desprezíveis. Até esta presente hora sofremos fome, sede, e nudez; recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. Afadigamo-nos, trabalhando com nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados, consolamos. Até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos” (1Co 4.9-13). 
Sinceramente, essa descrição do ministério apostólico está bem longe do conceito moderno de sucesso. Todavia, foi escrita por um dos homens que lançaram os alicerces da Igreja e do evangelho.

Falsos Fundamentos da Verdade (quantidade)




"Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, e foi-me dito: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram."
(Ap 11.1)
O único padrão para medirmos a veracidade das coisas divinas continua sendo o mesmo que o Senhor Deus entregou ao homem: a sua infalível Palavra, ou seja, as Sagradas Escrituras. No mundo de hoje, com múltiplas seitas e múltiplas propostas de verdade religiosas, mais do que nunca precisamos nos apoiar nos fundamentos de nossa fé. Caso contrário, seremos arrastados por sutilezas de argumentos que, embora aparentemente racionais, não condizem com as verdades bíblicas. “E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas” (Cl 2.4). 
Nem todos param e ponderam o que escutam e por isso se deixam convencer por afirmações ou razões falsas. Além de racional, o homem é um ser emocional e social, portanto influenciável por esses fatores. 
As pessoas buscam apoio para suas convicções em fontes turvas e se apóiam em alicerces frágeis, envenenando seu espírito e enveredando por caminhos que não pertencem ao Deus vivo. 
Dentre os elementos que as pessoas procuram (consciente ou inconscientemente) basear suas crenças, podemos citar:

Quantidade 
No monte Carmelo eram oitocentos e cinqüenta profetas de Baal e do poste-ídolo contra um único profeta do Senhor, Elias (1Rs 18.19). Não precisamos dizer quem detinha a verdade. Não importa o número de pessoas que crêem em certa afirmação, esse fato, no entanto, não torna tal afirmação verdadeira. A quantidade de muçulmanos (cerca de um bilhão) que crêem no Alcorão não torna o livro islâmico na verdadeira Palavra de Deus. Julgar uma crença pelo número de adeptos é medi-la com um padrão extremamente falível. Se Colombo assim pensasse, jamais descobriria a América. Nesses casos, os números mentem. 
Isso não quer dizer que algo torna-se verdadeiro somente porque são poucos os seus defensores. As pequenas seitas geralmente citam a porta estreita (Mt 7.14) para justificar a perdição de bilhões de pessoas por não aceitarem seus ensinos absurdos, alegando que poucos entram por ela. Não esqueçamos que “pouco” é relativo. Sessenta milhões de crentes na China é relativamente pouco para uma população de um bilhão e duzentos. Todavia, se esse número fosse no continente Europeu seria bastante expressivo. 
Portanto, a nossa fé não se apóia na adesão de poucos ou de muitos. O prumo das Escrituras ignora resultados numéricos, embora o mundo moderno ame as estatísticas. Seguir multidões não é sinônimo nem antônimo de seguir a Cristo. Independente de qualquer coisa, a Palavra de Deus continua sendo a Palavra de Deus, “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.7).

segunda-feira, 20 de março de 2017

Tradução Literal da Bíblia - Portuguesa

Tradução Literal da Bíblia - Portuguesa

Informações Gerais
A verdadeira fonte materiais que eram utilizados para traduzir as modernas Bíblias foram escritos em hebraico antigo (aramaico) (Antigo Testamento) e grego (Novo Testamento). A tradução real (literal) das palavras em sua seqüência original é muitas vezes um pouco difícil de ler. É por isso que a tradução da Bíblia se ajusta e se reorganizar o texto para torná-lo mais legível.
Leia a seguir parte do capitulo 1 do livro de Gênesis como é traduzido literalmente dos originais.

Gênesis 1:1

No início | criado | Deus | céu | e | a terra

Gênesis 1:2

e da terra | foi | sem forma | e vazia, | ea escuridão | sobre a superfície de | abismo | eo Espírito de | Deus | movendo delicadamente | sobre | superfície de | as águas.

Gênesis 1:03

Então disse | Deus, | Deixa ser | luz | e foi | luz.

Gênesis 1:04

E viu | Deus | a luz | que | (era) | bom | e separados | Deus | entre | a luz | e | as trevas.

Gênesis 1:05

E apelou | Deus | a luz | dia, | ea escuridão | Chamou | noite | e foi | noite | e (ele) foi | manhã, | dia | uma.

Gênesis 1:06

E disse | Deus, | Deixa ser | espaço | no meio de | as águas | e deixá-lo | (a) | divisão | entre | águas | (e) | águas.

Gênesis 1:07

E fez | Deus | o espaço | e Ele separou | entre | as águas | qual | (foram) | sob | o espaço | e | as águas | qual | (foram) | acima | | o espaço | e foi | isso.

Gênesis 1:08

E apelou | Deus | o espaço | céus. | E (ele) foi | noite | e (ele) foi | manhã, | dia | segundo.

Gênesis 1:09

E disse | Deus, | Deixa ser recolhidos | | as águas | sob | céu | lugar | | de | um | e deixar aparecer | a terra seca. | E assim foi

Gênesis 1:10

E apelou | Deus | a terra seca | terra, | e da recolha de | as águas | | Chamou | oceanos. | E viu | Deus | bom | (era).

Gênesis 1:11

E disse | Deus, | Deixa brotar | da terra | brotos concurso, | (a) | planta | | sementes | | semeadura (e) | da árvore | frutas | frutos | | produção após sua espécie, | qual | it | ( é) | nela | sobre | | a terra. | Foi | assim.

Gênesis 1:12

E deu à luz | da terra | brotos concurso | (a) | planta | sementeira | sementes | após sua espécie, | e árvore | frutas | | produção que | seu | (is) | nela | | após sua espécie. | E viu | Deus que | (era) | boa.

Gênesis 1:13

E foi | noite | e | manhã, | dia | terceiro.

Gênesis 1:14

E disse | Deus, | Deixa ser | luzes | | no espaço de | os céus | para dividir | entre | dia | e | a noite | e deixá-los ser | de sinais | e para temporadas | e para dias | e anos.

Gênesis 1:15

E deixá-los ser | de luzes | no espaço de | os céus, | para dar luz | | sobre | a terra. | Foi | assim.

Gênesis 1:16

E fez | Deus | dois as luzes | grande. | A luz | grande | do Estado de | dia, | e | a luz | | pequenas para o Estado de | a noite, | e | | as estrelas.

Gênesis 1:17

E set | elas | Deus | no espaço de | | céu | para dar luz | sobre | a terra,

Gênesis 1:18

ea regra | sobre o dia | e durante a noite, | e para separar | entre | a luz | e | as trevas. | E viu | Deus que | bom. | (Era)

Gênesis 1:19

E foi | noite | e | manhã | dia, | o quarto.

Gênesis 1:20

E disse | Deus, | Deixa enxame | as águas | (com) | Swarmers | (ter) | vida | vida. | E aves | deixe voar | | sobre | a terra | sobre | a superfície de | espaço de

Gênesis 1:21

E céus. | Deus criou | os monstros do mar | grande | e | todas | (tendo a) | vida | vida | que rasteja | (com) | | qual | swarmed | as águas | após sua espécie, | e | todas as aves | (com ) | | asa | após sua espécie. | E viu | | Deus | que | bom | (era)

Gênesis 1:22

E abençoou | elas | Deus | dizendo: | | Sede fecundos | e são muitos, | e preencher | | as águas | nos oceanos. | E os pássaros | permitam multiplicar | sobre a terra.

Gênesis 1:23

E foi | noite | e (ele) foi | | manhã, | dia | quinto.

Gênesis 1:24

E disse | Deus, | Vamos trazer | a terra | viver a vida | após sua espécie, | | bovinos | e indexadores, | e seus animais | da terra | após sua espécie. | E assim foi.

Gênesis 1:25

E fez | Deus | os animais da | da terra | após sua espécie | e | o rebanho | após sua espécie, | e todos os rastreadores | da terra | após sua espécie | e viu | | Deus que | bom | (era ).

Gênesis 1:26

E disse | Deus, | Vamos fazer | humanidade | em Nossa imagem, | conforme a nossa semelhança; | e deixá-los regra | sobre os peixes do | | oceano | aves e mais de | os céus, | e sobre o gado | e sobre toda a terra | e sobre todos | os indexadores | rastreamento | sobre | a terra.

Gênesis 1:27

E criou | Deus | à humanidade | em Sua imagem, | Na imagem de | Deus | criou | ele; | masculino | e feminina | criou | eles.

Gênesis 1:28

E abençoou | elas | Deus, | e disse que | lhes | Deus, | Sede fecundos | e multiplicar, | | e preencha | terra, | e subjugar. | | E regra | sobre os peixes do | mar, | e ao longo das aves | céu | e sobre todas as | | Animais | rastejando sobre | a terra.

Gênesis 1:29

E disse | Deus, | deram | I | para você | todas | semeadura | | plantas | sementes | qual | (is) | sobre a superfície de | | todos | terra, | e cada | árvore | | que | na it | (is) | fruto | (a) | árvore | sementeira | sementes. | Para você | será | de alimentos,

Gênesis 1:30

ea cada | animal de | da terra | e para todos | ave de | os céus, | e para todos os | | rastreador | sobre | terra | qual | nela | (is) | a vida | vida | todas | verde | | planta | por comida. | Foi | assim.

Concentrando-se especificamente sobre Gênesis 1:1

Para lhe dar uma idéia para a dimensão do problema da criação de uma Bíblia traduzida a partir dos materiais de origem, aqui está uma boa apresentação de Gênesis 1:1


Antropomorfismo: Deus se relaciona conosco em termos humanos


Antropomorfismo: Deus se relaciona conosco em termos humanos
  
Antropomorfismo vem de duas palavras gregas: anthropos (homem) e morphe (forma). Portanto, um antropomorfismo é quando Deus aparece ou Se manifesta para nós em forma humana ou mesmo em características humanas atribuídas a Ele mesmo. Vemos isto por toda a Bíblia - e com razão assim. Apesar de tudo, não podemos ascender onde Deus está, mas Ele pode descender até onde estamos.
Mais abaixo estão uns poucos versos da Bíblia que atribuem a Deus ações, atributos e emoções humanas.
O que vemos é Deus assumindo relacionamento conosco em termos familiares às nossas próprias ações. Em linguagem humana. E Deus agindo ou falando assim, não devemos pensar que em assim fazendo Deus apresentará aspectos de Si mesmo contraditórios. Tome por exemplo o fato de que Deus é todo-poderoso (Jeremias 32:17,27 ), todavia, Ele descansa (Gênesis 2:2). Vemos que Deus está em todos os lugares (Salmos 139:7-12), todavia, Ele perguntou a Adão, "Onde estás?" (Gênesis 3:9). Vemos que Deus sabe todas as coisas (1 João 3:20). Todavia, vemos que Deus diz, "Agora sei que temes a Deus..." (Gênesis 22:12).

Alguns querem asseverar, que Deus não conhece todos os eventos futuros porque Ele diz, por exemplo, a Abraão, "
Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, o teu único filho" (Gênesis 22:12), então, não podemos asseverar também que, visto que Deus perguntou "Adão, onde estás?", Deus não está em todos os lugares, pois se Deus estivesse em todos os lugares Ele saberia exatamente onde Adão estava? Ou, se Deus descansa isto significa que Deus não é todo-poderoso?

Abaixo estão relacionados vários versos que demonstram a manifestação de Deus para nós em palavras humanas, como ações, emoções e corpo. Assim, podemos ver que tal condescendência da parte de Deus para conosco naturalmente resultará em Deus dizer coisas que requerem uma profunda examinação.

1. Ações humanas - mudança de opinião, lembrar, descansar

A. Êxodo 32:14, "Então o Senhor se arrependeu ["mudou sua opinião", em algumas versões] do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo."

B. 2 Samuel 24:16, "
Ora, quando o anjo estendeu a mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta; retira agora a tua mão".

C. Gênesis 9:16, “
O arco estará nas nuvens, e olharei para ele a fim de me lembrar do pacto perpétuo entre Deus e todo ser vivente de toda a carne que está sobre a terra".

D. Gênesis 2:2, "
Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera".
2. Emoções humanas - dor, ciúme, zelo, piedade, compaixão, arrependimento
A. Gênesis 6:6, "Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração".

B. Êxodo 20:5, "
Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam".

C. Juízes 2:18, "
...porquanto o Senhor se compadecia deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam".

D. 1 Samuel 15:35, "
Ora, Samuel nunca mais viu a Saul até o dia da sua morte, mas Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel".


3. Corpo humano - mãos, face, boca, olhos, braço.

A. Êxodo 7:5, "E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando estender a Minha mão sobre o Egito, e tirar os filhos de Israel do meio deles".

B. Números 6:24, "
O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti".

C. Salmos 33:6, "
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da Sua boca".

D. Salmos 34:15, "
Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos ao seu clamor".

E. Salmos 89:10, "
Tu abateste a Raabe como se fora ferida de morte; com o teu braço poderoso espalhaste os teus inimigos".
Outras - Asas

A. Salmos 57:1, "Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das Tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades".

                        DEUS SE ARREPENDE? 

 Expressão “ARREPENDEU-SE o Senhor” não cai bem aos nossos ouvidos, pois nos traz a ideia de LIMITAÇÃO, EQUÍVOCO, falta de CONHECIMENTO PLENO, MUDANÇA DE DIREÇÃO, de CARÁTER. • Tal arrependimento não surge da TRISTEZA do Senhor por más ações praticadas, pois Ele é soberano, santo, presciente (Gn. 15.13), ONISCIENTE (Jo. 21.15-17, Rm. 11.33) e não é o homem. • Deus não muda em ESSÊNCIA, muda ATITUDE e MÉTODOS, conforme o relacionamento do homem com Ele. Quando o homem o desobedece, a relação de COMUNHÃO se altera para uma de CORREÇÃO (Jr. 6.8) ou REPREENSÃO (Jó 5.17), mas promovendo FELICIDADE PELO ACERTO


A Bíblia é a PALAVRA DE DEUS EM LINGUAGEM HUMANA, portanto há de se levar em consideração que os escritores sagrados foram inspirados por Deus e tenham se expressados em TERMOS HUMANOS os IDEAIS DIVINOS. Por isso, encontramos na Bíblia várias passagens onde são atribuídos SENTIMENTOS e FORMAS HUMANAS a Deus.
Tal linguagem  às vezes provoca confusão em pessoas que, por falta de conhecimento mais amplo da BÍBLIA ou da TEOLOGIA, tentam explicar Deus a partir de si mesmas e suas conclusões



Quando atribuímos SENTIMENTOS humanos a Deus. Como NÃO HÁ CONSTRUÇÃO LINGUÍSTICA que explique os sentimentos de Deus, temos que atribuir-Lhe os seus próprios sentimentos. • Em Gn. 6, Deus determina o dilúvio como um ato de JULGAMENTO, mas não há GLÓRIA em tal ação, antes, SOFRE profundamente. O JULGAMENTO pelo pecado é INEVITÁVEL, mas a fidelidade de Deus aos homens sempre será INALTERADA e IRRETOCÁVEL, conforme o exemplo de Noé (Gn. 7.1)

NÃO CONFUNDIR ARREPENDIMENTO HUMANO E DIVINO • Exemplo: Deus não trata o ÍMPIO e o JUSTO da MESMA FORMA. A imutável santidade divina NÃO PERMITE tal coisa. O mesmo ocorre quando o justo SE TORNA ou AGE como ímpio. O tratamento de Deus para com ele também deve mudar, pois precisará ser CORRETIVO, EXORTATIVO. • Deus ABRANDA ou muda Sua maneira de lidar com as pessoas, de acordo com SEUS PROPÓSITOS SOBERANOS, mas NÃO MUDA NA SUA ESSÊNCIA. Ele não é INCONSTANTE, ao contrário do homem. Devemos interpretar Gn. 6.6 à luz de Nm. 23.19

 NÃO CONFUNDIR ARREPENDIMENTO COM REMORSO • Arrepender-se, no bom sentido, é DO HOMEM, pois ele pode, enquanto há tempo, VOLTAR-SE PARA DEUS, ABANDONAR seus maus caminhos (2 Rs. 17.13), REDIRECIONAR sua vida, MUDAR na essência. É algo SAUDÁVEL, ao contrário do REMORSO, que é “o PASSADO QUE CONTINUA”. • No remorso, NÃO HÁ MUDANÇA, mas PAVOR, INCÔMODO e TRISTEZA, caso de Judas, cf. Mt. 27.3-5, ao ver o Sinédrio condenando Jesus. Ele não se arrependeu, mas lamentou as consequências de sua atitude traidora, devolvendo o dinheiro que ganhou dos líderes judeus para entregar Jesus e enforcando-se a seguir.

Deus é perfeito e imutável em Seus pensamentos e propósitos (Tg 1.17), mas muda de procedimentos e atitudes mediante alteração no relacionamento do homem com Ele. Como está o seu relacionamento com Deus? • Deus não é homem para se arrepender (1Sm 15.29 ), mas deve o ser humano arrepender-se sempre que for necessário. Isso é louvável, agradável, é do homem. • A atitude do Senhor para com o homem leva em conta a forma como este reage à Sua Palavra e vontade. Quem é livre para escolher, precisa ser responsável para assumir as consequências dessas escolhas e atos. • Que haja em nosso coração, sempre que for necessário, o arrependimento.

terça-feira, 7 de março de 2017

A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA


A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA 

O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus. (Ver 2 Timóteo 3.16 no original.) - Que vem a ser "inspiração divina"? - Para melhor compreensão, vejamos primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que temos fôlego para falar. Daí o ditado "Falar é fôlego". Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de Deus, pois a expressão "Assim diz o Senhor", como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes. Foi o Espírito de Deus quem falou através dos escritores. (Ver 2 Crônicas 20.14; 24.20; Ezequiel 11.5). Deus mesmo dá testemunho da sua Palavra. (Ver Salmo 78.1; Isaías 51.15,16; Zacarias 7.9,12). Os escritores, por sua vez, evidenciam ter inspiração divina. (Ver 2 Reis 17.13; Neemias 9.30; Mateus 2.15; Atos 1.16; 3.21; 1 Coríntios 2.13; 14.37; Hebreus 1.1; 2 Pedro 3.2.).

Teorias falsas da inspiração da Bíblia

Quanto à inspiração da Bíblia, há várias teorias falsas, que o estudante não deve ignorar. Umas são muito antigas, outras bem recentes, e ainda outras estão surgindo por aí afora. Nalgumas delas, para maior confusão, a verdade vem junto com o erro, e muitos se deixam enganar. Vejamos as principais teorias falsas da inspiração da Bíblia.

a. A teoria da inspiração natural, humana, ensina que a Bíblia foi escrita por homens dotados de gênio e força intelectual especiais, como Milton, Sócrates, Shekespeare, Camões, Rui, e inúmeros outros. Isto nega o sobrenatural. É um erro fatal de conseqüências imprevisíveis para a fé. Os escritores da Bíblia reivindicam que era Deus quem falava através deles (2 Sm 23.2 com At 1.16; Jr 1.9 com Ed 1.1; Ez 3.16,17; At 28.25, etc.)

b. A teoria da inspiração parcial ensina que algumas partes da Bíblia são inspiradas, outras não; que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas contém a Palavra de Deus. - Se esta teoria fosse verdadeira, estaríamos em grande confusão, por que quem poderia dizer quais as partes inspiradas e quais as não-inspiradas? A própria Bíblia refuta isso em 2 Timóteo 3.16. Também em Marcos 7.13, o Senhor aplicou o termo "A Palavra de Deus" a todo o Antigo Testamento. (Quanto ao Novo Testamento, ver João 16.12 e Apocalipse 22.18,19.)

c. A teoria da inspiração das idéias ensina que Deus inspirou as idéias da Bíblia, mas não as suas palavras. Estas ficaram a cargo dos escritores. - Ora, o que é a palavra na definição mais sumária, senão "a expressão do pensamento"? Tente o leitor agora mesmo formar uma idéia sem palavras... Impossível! Uma idéia ou pensamento inspirado só pode ser expresso por palavras inspiradas. Ninguém há que possa separar a palavra da idéia. A inspiração da Bíblia não foi somente "pensada"; foi também "falada". (Ver a palavra "falar" em 1 Coríntios 2.13; Hebreus 1.1; 2 Pedro 1.21.) Isto é, as palavras foram também inspiradas (Ap 22.19). Dum modo muito maravilhoso, vemos a inspiração das palavras da Bíblia, não só no emprego da palavra exata, mas também na ordem em que elas são empregadas; no original, é claro. 

A teoria correta da inspiração da Bíblia é a chamada Teoria da Inspiração Plena ou Verbal. Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram quais máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles escreveram foi a Palavra de Deus. Explicar como Deus agiu no homem, isso é difícil! Se, no ser humano, o entrosamento do espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine-se o entrosamento do Espírito de Deus com o espírito do homem! Ao aceitarmos Jesus como Salvador, aceitamos também a Palavra escrita como a revelação de Deus. Se o aceitamos, aceitamos também a sua Palavra. A inspiração plena cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento. Depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer servo de Deus pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.

Diferença entre "revelação" e "inspiração" (no tocante à Bíblia)

Revelação é a ação de Deus pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas, o que o homem, por si só, não podia saber. Exemplos: Daniel 12.8; 1 Pedro 1.10,11. (Quanto à inspiração, já foi dada a sua definição no início deste capítulo.) A inspiração nem sempre implica em revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi dada por revelação. Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e escrever o Evangelho que traz o seu nome. (Ver Lucas 1.1-4). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara, como relata o Pentateuco.

Exemplos de partes da Bíblia que foram dadas por revelações:


a. Os primeiros capítulos de Gênesis. Como escreveria Moisés sobre um assunto anterior a si mesmo se não foi revelação?

b. José interpretando os sonhos de Faraó (Gn 40.8; 41.15,16,38,39).

c. Daniel declarando ao rei Nabucodonosor o sonho que este havia esquecido, e em seguida interpretando-o (Dn 2.2-7,19,28-30).


A Bíblia não mente, mas registra mentiras que outros proferiram. Nesses casos, não é a mentira do registro que foi inspirada, e sim o registro da mentira. A Bíblia registra que o insensato diz no seu coração "Não há Deus" (SI 14.1). Esta declaração "Não há Deus" não foi inspirada, mas inspirado foi o seu registro pelo escritor. Outro exemplo marcante é o do caso da morte do rei Saul. Este morreu lançando-se sobre sua própria espada (1 Sm 31.4); no entanto, o amalequita que trouxe a notícia de sua morte, mentiu, dizendo que fora ele quem matara Saul (2 Sm 1.6-10). Ora, o que se deu aí foi apenas o registro da declaração do amalequita, mas não significa que a Bíblia minta. Há muitos desses casos que os inimigos da Bíblia aproveitam para desfazer dos santos escritos. A Bíblia registra, inclusive, declarações de Satanás. Suas declarações não foram inspiradas por Deus, e sim o registro delas. Sansão mentiu mais de uma vez a Dalila; a Bíblia não abona isso, apenas registra o fato (Jz cap. 16). Durante a leitura bíblica, é preciso verificar: quem está falando, para quem está falando, para que tempo está falando, e em que sentido está falando.