sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

PERDÃO














“Entäo Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmäo contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

22 Jesus lhe disse: Näo te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
23 Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um 

certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
24 E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado 

um que lhe devia dez mil talentos;
25 E, näo tendo ele com que pagar, o seu senhor

 mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que 
a dívida se lhe pagasse.
26 Entäo aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo,
 e tudo te pagarei.
27 Entäo o senhor daquele servo, movido de íntima compaixäo, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros,

 e, lançando mäo dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
29 Entäo o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para 
comigo, e tudo te pagarei. 30 Ele, porém, näo quis, antes foi encerrá-lo na prisäo, até que pagasse
a dívida. 31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram 
declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
32 Entäo o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda 
aquela dívida, porque me suplicaste.
33 Näo devias tu, igualmente, ter compaixäo do teu companheiro, como eu também tive 
misericórdia de ti? 34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que
 pagasse tudo o que devia. 35 Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coraçäo näo
 perdoardes, cada um a seu irmäo, as suas ofensas.” (Mateus 18:21-35)


Eu percebi que ha necessidade de se ensinar algo mais completo sobre o perdão, porque 

entendo que será de  grande aprendizado para a igreja. O que vou escrever nesse estudo, 
não é nada novo, apenas vou expor o que está escrito na palavra de Deus, explicando a 
grande importância do perdão em todas as suas esferas: A necessidade do perdão de Deus
 e a necessidade de perdoarmos um ao outro.

O apóstolo Paulo descreve alguns comportamentos que marcarão o caráter das pessoas

 nestes últimos dias: “ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos
 trabalhosos. 2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
 soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para
 com os bons,4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que 
amigos de Deus, 5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” 
(2 Timóteo 3:1-5)

Hoje, as relações interpessoais estão cada vez mais complexas, difíceis de harmonizar 

e conflitantes. Por isso temos visto os consultórios psiquiátricos e médicos cheios. Depressão,
 solidão, amargura, ira, traição, ódio e assassinato são coisas que estão se tornando cada vez
 mais comuns. E essefermento de maldade não deixa de penetrar nos espíritos dos membros
 do Corpo de Cristo, a igreja. Por isso temos que buscar imunidade contra este fermento.



“Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas 

dentre vós,Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, 
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” 
(Efésios 4:31,32)

O perdão está diretamente ligado com o amor - quem ama, perdoa. Deus tem

 uma natureza de perdão e misericórdia e é o primeiro a perdoar. Ele nos perdoou 
através de Seu Filho, Jesus Cristo. Jesus é a demonstração do perdão de Deus para
 com a humanidade.
Na carta aos Colossenses 3:12 a 14 Paulo repete o mesmo ensinamento, 
enumerando as virtudes que devem ser cultivadas em nossos relacionamentos:

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de

 misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
13 Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém
 tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
14 E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.”
 (Colossenses 3:12-14)


O Senhor conhece a natureza humana e adâmica, fraca e imperfeita, e por isso
sabe que carecemos de perdão, do Seu perdão e o perdão de uns para com os outros em
nossos relacionamentos. Ele enviou o Seu Filho para nos perdoar, livrando-nos do pecado e
do domínio de Satanás, nos reconciliando Consigo mesmo: “Ora, tudo provém de Deus, que
nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a
saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos
homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. (2 Coríntios
5:18, 19). O coração que perdoa não imputa as transgressões das pessoas.



PERDOAR É CARACTERISTICA DE UM CRENTE SALVO.

Um cristão, que lê e obedece os mandamentos do Senhor Jesus deve ter um coração 

perdoador como prática comum na sua nova vida em cristo. O crente que segue a Jesus
 e quer alcançar a misericórdia de Deus tem que possuir um coração perdoador.

“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a 

misericórdia triunfa do juízo.” 
(Tiago 2:13)

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;” 

(Mateus 5:7)

Sem o perdão de Deus, não há salvação. Sem perdoar não haverá perdão.

“Segui a paz com todos...Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, 

e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.”
(Hebreus 12:14ª, 15)

Deus perdoa, mas isso não significa liberdade para pecar.

O crente, que teme a Deus, está constantemente necessitando do perdão de Deus,

 por esse motivo que Jesus quando ensinou os discípulos a orar, os ensinou a incluir em
 todas as suas orações o pedido de perdão a Deus. (Mateus 6:9-13)

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa,

 alcançará misericórdia.” (Provérbios 28:13)

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos

 purificar de toda a injustiça.” (1 João 1:9)

Porém isso não significa que Deus é tão tolerante com nossos pecados e atitudes, que

 podemos pecar livremente e depois pedir perdão a Deus que ele perdoa. Porque o crente
 salvo não tem prazer no pecado, o pecado não o domina mais, o crente salvo não tem o 
pecado como prática diária ou costumeira, o crente salvo peca, mas não se conforma com
 o pecado e o pecado não o domina mais.

“não sabeis que, todos quantos fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados

 na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele, pelo baptismo, na morte; para
 que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós, 
também, em novidade de vida... Assim, também, vós, considerai-vos 
como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
 Não reine, portanto, o pecado, no vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas
 concupiscências. Nem tão-pouco apresenteis os vossos membros ao pecado, por 
instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos de entre mortos, 
os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
Porque o pecado não terá domínio sobre vós...”
(Romanos 6:3,4,11-13)


Satanás, se utiliza de dois enganos para distorcer a imagem de DEUS e sua palavra 

para a humanidade. O primeiro engano que satanás se utiliza é o de que, Deus é muito 
bom e não nos condenará pelos nossos pecados cometidos porque “errar é humano”, no 
máximo que podemos sofrer é um castigo aqui na terra, mas não impedirá 
a nossa entrada no céu. (Romanos 6:15,16)


E o segundo engano que satanás se utiliza é o de que, Deus é um Deus vingador e 

intolerante, que não perdoa 
todos os nossos pecados e que há pecados que ele não vai perdoar mesmo se pedirmos
 perdão com profundo arrependimento.

A Bíblia diz que o diabo é acusador:
“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que 

engana todo o mundo; ele
 foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz, 
no céu, que dizia: Agora
 é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque 
já o acusador dos
 nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.”
 (Apocalipse 12:9,10)

Um dos truques mais eficazes que Satanás faz com os cristãos é nos convencer de que 

nossos pecados não são realmente perdoados, apesar da promessa da Palavra de Deus. 
Se já realmente recebemos a Jesus como 
Salvador através da fé e ainda temos essa dúvida desconfortável de se existe ou não o 
verdadeiro perdão,
 podemos estar sob ataque demoníaco. Os demônios odeiam quando as pessoas são
 libertas do seu controle, 
por isso tentam plantar sementes de dúvida em nossas mentes sobre a realidade da 
nossa salvação. Em seu 
vasto arsenal de truques, um dos maiores instrumentos de Satanás é constantemente
 lembrar-nos de nossas transgressões passadas, as quais ele usa para "provar" que Deus
 não poderia nos perdoar ou restaurar. Os
 ataques do diabo nos apresentam um verdadeiro desafio para que possamos simplesmente
 descansar nas
 promessas de Deus e confiar em Seu amor.
Como cristãos, tropeçamos, mas não devemos ter um estilo de vida caracterizado pelo

 pecado contínuo e sem arrependimento.

PERDÃO NÃO É

Deus não perdoa o pecador de sua culpa sem arrependimento e conversão. O perdão não

 é desculpar o pecador 
do pecado. O pecador deve deixar sua vida de pecado e não continuar cumprindo os
 desejos e vontade dos pensamentos. (Efésios 2:1-5)
O perdão fala de misericórdia, mas não deve ser confundido com a tolerância e permissão

 pra pecar. Perdoar não
 é permitir o pecado. Deus não perdoa o pecador para o deixar pecar livremente. É o 
contrario. Deus perdoa o 
pecador quando ele deixa o pecado. O homem natural, não gosta de ser confrontado com
 os seus erros e pecados, por isso muitos procuram religiões que os aceitam com seus
 pecados, e não confronte os seus hábitos e ações pecaminosas. Porém a bíblia exorta 
o pecador a se arrepender. (Atos 2:38 / Romanos 2:2-6)

O perdão não é a remoção das consequências temporais de nosso pecado. O homem que

 assassina outro pode arrepender-se e procurar o perdão, mas ainda assim sofrerá o castigo 
temporal da lei humana. Mesmo se 
perdoado, pode ter que passar o resto de sua vida na prisão. O perdão remove as
 consequências eternas do 
pecado!
O perdão também não significa esperar por um pedido de perdão do ofensor, da pessoa

que pecou contra mim.
 Perdão não é esperar que o ofensor mude para eu liberar o perdão. Não se engane, porque
 há pessoas que nunca mudaram suas atitudes e nunca vão lhe pedir perdão. Vão continuar 
errando, tentando fazer o mal, mentindo, ofendendo. Vão morrer e nunca vão mudar. Então
 você precisa perdoar independente dela lhe pedir perdão.
Perdoar não significa esquecer. Não significa que você vai esquecer o que aconteceu. Sua

 memória pode lhe trazer a lembrança o que aconteceu, mas você não pode ter sentimento
 por isso. O perdão envolve o sentimento e não a lembrança e a memória. Podemos perdoar
 e esquecer, mas também podemos perdoar e não esquecer. Porem
 esse não esquecimento não influencia em meu sentimento. (Genesis 50:14-21)
Perdão também não é parar de sentir a dor. Não é porque dói que falhamos em perdoar. Há 

pessoas que passaram por momentos muito dolorosos e a lembrança desses momentos as
 fazem sentir ainda muita dor. Foi perdoado, mas
 a dor ainda está lá. Talvez por uma perda muito grande ou por outra coisa semelhante.

Perdão também não acontece uma só vez. (Lucas 17:3,4)
Perdoar também não significa confiar. Você foi roubado por uma pessoa que tem o costume

 de roubar. Você
 perdoa, mas não vai dar ocasião para essa pessoa lhe roubar outra vez. A pessoa pode
 lhe pedir perdão sem 
deixar a pratica. Por outro lado, se essa pessoa se converter a Jesus e deixar a pratica do
 roubo, você deve 
confiar e deixar a desconfiança.
Perdoar, também não significa que sempre haverá reconciliação. Você pode perdoar, e a 

outra pessoa não querer reconciliação. No perdão é necessário uma só pessoa. Na 
reconciliação são necessário duas pessoas. “Se for
 possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” (Romanos 12:18) leia 
também 
Romanos 12:17-21. leia também o exemplo de Davi e Saul (1 Samuel 24:9-17)
Perdão envolve misericórdia e não justiça. Na cruz Jesus estendeu seu perdão não só 

aos que estavam próximo
 dele, mas pediu ao Pai que perdoasse aqueles que o estavam crucificando. Isso é justo?
 Não, é misericórdia. 
Aqueles que crucificaram Jesus eram dignos de morte, segundo a justiça de Deus, mas Jesus
 pediu misericórdia
. Se eles não se arrependeram e morreram sem arrependimento, estão hoje aguardando a
 justiça de Deus, que
 julgara todos os homens ímpios.
Por isso, se você quiser entender o relacionamento com Deus, você precisa entender o que

 é misericórdia.
 Porque sem entender o relacionamento com Deus, perdão se torna algo impossível.



O DEVER DO PERDÃO.

“Antes sede, uns para com os outros, benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos

 outros, como, também, Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4:32)

A busca pelo relacionamento com Deus, deve estar em paralelo com a busca com o

 relacionamento com nossos irmãos. A procurar pelo perdão de Deus deve ser paralelo ao 
sentimento e desejo de perdoar a nosso próximo. 
A falta de perdão, influencia seriamente em nosso destino em ralação a salvação. Sem
 perdão não haverá 
salvação.
O perdão bíblico é muito diferente do perdão que o mundo ensina. O homem natural perdoa,

 mas diz que não 
esquece. O perdão que Deus nos ensina, deve ter o esquecimento da ofensa, e mais, a volta
 da comunhão com
 o ofensor (se isso for possível). E mais. Não só o ofensor deve ir ao ofendido, mas o 
ofendido perdoar e ir ao 
ofensor.

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia,

 de benignidade, 
humildade, mansidão, longanimidade,
Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa 

contra outro; assim como
 Cristo vos perdoou, assim fazei vós, também.
E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.”

 (Colossenses 3:12-14)

É muito importante atentarmos para esse mandamento de Deus. Deve ser uma das 

prioridades em nossa vida de cristão. Porque sem um coração perdoador a sua salvação
está comprometida. Peça a Deus continuamente em
 oração, que lhe dê um coração perdoador. A natureza humana sempre procura uma forma 
de vingança, mas isto
 não pode ser parte daqueles que se preparam para viver um dia no céu.

Enquanto não conhecíamos o Evangelho, a Palavra de Deus, não tínhamos muita

 responsabilidade a respeito do perdão. O perdão para nós era algo opcional. A Bíblia nos
 ensina que apenas o que perdoa é perdoado. E essas palavras de Jesus não são opcionais.
 Elas são parte dos mandamentos de Deus para nós.

O QUE É PERDÃO

Perdoar é um ato de misericórdia. Quem perdoa, entende a misericórdia de Deus sobre sua

 própria vida e entende
 que deve também perdoar. Quando não entendemos a misericórdia de Deus, não entendemos
 que perdoar é característica do servo de Deus.

Perdão é cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa, decorrente

 de uma ofensa recebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de castigo 
ou restituição.

Perdoar, não significa que conseguiremos esquecer o fato ocorrido: perdoar independe de

 esquecer. Uma coisa 
não tem nada a ver com a outra; ambas são coisas distintas. Nós temos no cérebro uma
 memória que registra 
todos os fatos e por isto, quem perdoa não tem que necessariamente, esquecer do agravo 
sofrido. O que é preciso é diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou.

Perdoar, não implica sempre em reconciliação: há situações que mesmo depois do perdão, 

não será possível a convivência tal como era antes do fato ocorrido. Quando alguém passa 
por uma ofensa ou agravo muito 
traumatizante, não há como haver reconciliação. Como exemplo, podemos citar o caso de 
um estupro, uma 
situação de violência física ou de calote financeiro. Nestes casos, e em alguns outros, não 
há como confiar 
novamente na pessoa causadora do mal; inclusive, nos casos citados anteriormente, dar
 um novo voto de
 confiança ao causador do dano é até perigoso. PERDOAR NÃO SIGNIFICA
 COLOCAR-SE EM RISCO.

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